domingo, 30 de novembro de 2008

Paraíso Bolivariano


Mais um ano se passou e aqui estamos nós na labuta (pois!) para a organização de mais um Forum Iberoeka. Desta vez instalados na Venezuela, terra que não esquece Simón Bolívar, homem que contribuiu para o crescimento, por estas antigas colónias espanholas, dos princípios da liberdade do império. O nome de Bolívar está presente em todo o lado, esquinas, praças, ruas e, finalmente, no próprio nome do país, a República Bolivariana de Venezuela.

Mas antes de continuares a ler este post, leia o post da Rita e diverte-te com o seu habitual bom humor.

Estamos no Hotel Hilton de Isla Margarita. Para já o nome é mais fama do que outra coisa. O hotel está a ser remodelado e isto dá-lhe uma margem de aceitação ao barulho e desarrumação, mas o que mais incomoda é a sensação de sujeira nos quartos. Internet só existe nos quartos do primeiro piso. Foi a minha escolha. Mas tudo tem o seu preço. Todas as noites tinha que fazer uma ronda para matar os mosquitos que insistiam em co-ahabitar comigo. Após duas noites desisti. Até porque as paredes do quarto pareciam um cemitério de mosquitos que outros hóspedes eliminaram. Descobri um buraco no tecto da casa de banho por onde os mosquitos deveriam estar a entrar. Desisti da internet. Agora estou no oitavo piso. Longe dos mosquitos. Para que não penses ser um capricho meu, aqui também há dengue. Portanto, é melhor termos cuidado.

O caso do câmbio dos dólares que eu trazia comigo foi simplesmente fabuloso. Estávamos (eu e a Rita) a passar pelo controle de bagagens para vôos domésticos e parámos para decidir se entraríamos ou não, visto que ainda nos faltavam umas boas horas para o embarque. O funcionário do aeroporto que controlava o processo viu-nos e insistiu, não sei porque, que passássemos. Expliquei-lhe que ainda tínhamos muito tempo de espera e tal. No regresso desta conversa perguntei a uma chica, que estava sentada junto a este movimento todo, onde podería trocar os dólares. Ela disse-me que só seria possível fora do aeroporto. Eu acreditei. Logo de seguida o tal funcionário do controle das bagagens chama-me e pergunta-me, baixinho, se eu queria cambiar dolares ou euros, tendo como grande argumento o "precio justo". Apesar de algo preocupado, perguntei por quanto compraria os dólares. 4 Bolivares, disse. Eu, prontamente, aceitei. A funcionária do controle de passaportes ofereceu 2,7 ao Lajas. Ele, então, chama um compañero que me diz 4 ser mucho e oferece 3. Eu não aceitei e disse que era pouco. Ele me pergunta quantos dólares trocaria e, então, passa a oferecer 3,5. Negócio fechado ! Lindo. Abaixo temos um video com a minha reacção após esta bela (mas nada oficial) transacção.



Realmente há muito potencial nesta ilha caribeña, mas está muito mal aproveitado. O Hilton está cercado de lixo na parte costeira. Pois é. Está em cima da praia, mas a praia não se aproveita. Talvez seja da época do ano, pois há muito mato na areia e, consequentemente, na água. Hoje aventuramos dar uma caminhada até a praia dos caracóis, que está ao lado do hotel, mas também não se aproveita. A água é um espetáculo e a areia muito parecida com algumas praias lá na minha baixada santista, só que a sujeira é muita e nem dá vontade de ficar na praia. Conclusão, ficamos pela piscina, o que nos valeu a tarde.

Amanhã pelas oito já estaremos de prontidão a receber os participantes e o corropio será muito a explicar o funcionamento do Forum, registar os pedidos de reuniões, enfim, aquilo tudo que já sabes.

Para já fico por aqui. Talvez ainda consiga dar mais notícias.
PAZ !

sábado, 29 de novembro de 2008

"Margarita" Days...

Oláááááááááá malta da pesada!!!!!!!!

A Margarita tem potencial.....fora da cidade em que estamos...!
Como não há mais nada de interessante a fazer, já "rebentei" cerca de 90 euros em sapatos "sketchers" (eu sei, eu sei, estou a precisar de ajuda psiquiátrica...!). O tempo não ajuda...chove quase todo o dia. Mas a esperança mantém-se em que o Sol saia de vez para nos abençoar!

É tudo muito caro, o território está muito degradado, mesmo o próprio Hotel Hilton em que estamos está em obras de remodelação, com o telhado a cair aos pedaços, o mobiliário dos quartos obsoleto e as torneiras e equipamentos da casa de banho velhos...
Não se consegue levantar dinheiro em lado nenhum, apenas numa caixa automática do centro comercial aqui da zona; o "Sambil". De resto só os nacionais conseguem levantar dinheiro.

É tudo gente "muuuuito séria". Logo no aeroporto de Caracas começou o "show" de "candonga - mercado clandestino de câmbio de dólares e euros" imaginem aonde...na própria alfândega do aeroporto!!!! Sim a própria funcionária da alfândega do aeroporto fez um cambio de dinheiro a um câmbio não oficial ao Engº Lajas. Depois, à medida que nos íamos aproximando dos voos de conexão nacionais, fomos abordados por mais 3 ou 4 funcionários perguntarem baixinho se queríamos trocar dólares. O Ernani aproveitou logo!

Depois, já na Margarita, outra novidade pavorosa...os venezuelanos do MCT deixaram increver no Fórum cerca de 250 estudantes universitários!!!! Isto só a mim...

Bem, hoje fomos almoçar a um mercado "very typical", "el Conejero" e comemos um peixinho maravilhose e super barato. Outra coisa a registar até ao momento é a quantidade de implantes mamários que se encontra por metro quadrado...Até os manequins das lojas foram concebidos com um par de maminhas monstruoso, já para que as senhoras saibam que a roupa lhes pode servir, mesmo com um par de mamocas descomunal! É impressionante! Amanhã tiro uma foto para vos mostrar!

De resto, até agora temos vindo a comer comida crioula, típica destas bandas, muito boa, sempre à base de carne, banana, abacate, farinha de milho, etc.

O hotel fica longe de tudo, pelo que temos que apanhar taxi para sair para comer (senão o Hilgton leva-nos todo o dinheirito...). Giro é ver que eles, quando se lhes pede um recibo de taxi, no-lo entregam sem escreverem nada. Lá temos que nos entreter a escrever o itinerário que fizemos e o dinheiro que pagámos para que a Vânia não nos "aborreça" quando regressarmos...

Isto tem muitos turistas brasileiros e alemães que vêm para disfrutar da praia e para os casinos. Aliás, o hotel tem uma delegação do consulado da Alemanha!

Bem, fico-me hoje por aqui.
Bjocas a todas da Rita "sapateira".